Notícias recentes:
recent

Crônica - Desafios de um Lutador

Oi Galera!!!

Nos tempos modernos, as pessoas sempre colocam padrões, necessariamente esses padrões não chegam a todos, seja fisicamente, emocionalmente, financeiramente, enfim, existem padrões e parece que temos que sempre os seguir.

As pessoas sempre fazem o que os outros esperam delas, mas quase nunca pensam nelas mesmas. Claro que existem os egoístas da vida, mas minha mensagem de hoje é para aqueles que sempre ouvem os outros, mas nunca procuram se ouvir.


Dedicatória: 

A minha primeira Crônica é dedicada a um amigo muito querido do Transformice. Muito obrigado por ser divertido e me entreter sempre que está ‘online’.



Desafios de um Lutador

Introdução:

Ethan era um rato-raposa, um jovem lutador de artes marciais. Ele morava em uma cidade calma da Vanilla. Sempre se sentiu satisfeito com aquela vida, era bondoso, honesto e muito habilidoso com luta.
Apesar de ser quase um mestre nas artes marciais, Ethan nunca quis aquilo para sua vida. Seu sonho era se tornar um explorador, nunca contou isso para ninguém, somente para seu falecido pai. Ele nunca iria se esquecer da bronca do pai após revelar seu segredo:

- Você é motivo de desonra para família, uma vergonha. Seu sonho é ridículo, é impossível, você deve pensar grande meu filho. Você um dia cuidara da nossa velha academia, e para isso vai ter que treinar duro.

Nunca mais se esquecera da bronca do pai, e a surra que se seguiu depois disso. Quando completou seus treze anos, Ethan foi obrigado pelo pai a começar a treinar, o que não foi de tudo ruim, ele gostava de lutar, mas não era o seu destino, nunca se sentiu completo ali, porque aquele não era e nunca seria seu mundo...


As macieiras balançavam com o arfar do vento, os campos estavam verdes e os morros ao norte dali se espalhavam por todos os lados, em varias elevações. Estava fresco e algumas nuvens escuras se aproximavam da cidade, talvez hoje chova.

Só havia uma coisa que cortava o silencio e a paz daquele lugar, barulhos de laminas. Ethan, um jovem lutador da Academia de Artes Marciais e mais dois amigos, Owen e Tony estavam colhendo maças e as cortando no ar, um exercício dado pelo Mestre Cogui, líder da academia. Ele pedira para os três garotos colherem maças para o festival anual de tortas.

Tony
 O Mestre preparava suas deliciosas tortas, segundo ele era um trabalho delicado e que exigia paciência, para tudo estar no ponto certo. Enquanto cuidava de preparar a massa, os três meninos colheriam as maças que serviriam de recheio para a torta daquele ano.

- Pega essa!

Uma lamina rasga o ar e atinge o fruto no momento exato. Rapidamente Ethan, que estava guardando as maças em um saco, correu para apanhar as duas partes que voavam em direções opostas no ar. O Mestre Cogui havia dito que os garotos poderiam tirar proveito da colheita para exercitar mira e agilidade, e assim eles faziam.

- Pronto Tony, sua vez de aparar as maças – Falou Ethan, tomando a faca das mãos de Tony.

- Não, não, já segurei o saco, essa é a vez do Owen – Disse Tony em protesto.

Assim, trocaram de posições. Owen segurando o saco para colher as maças quando se dividissem em duas, Tony retirando as maças dos galhos e Ethan atingindo os frutos no ar, para cortá-los e dividi-los em duas partes iguais.

Após encherem o recipiente com as maças, eles voltaram para a Academia e entregaram o saco cheio para o Mestre Cogui, que por sua vez, ficou muito satisfeito com o trabalho dos garotos.

Quando iam saindo o Mestre chamou por Ethan.

- Jovem Ethan, amanhã você deve me procurar na Colina Roth, tenho um recado importante para lhe dizer – Falara como se fosse muito importante.

Ethan decidiu não contrariá-lo, amanhã cedo estaria lá. Tinha perguntado sobre o que se tratava, mas o Mestre Cogui insistiu em revelar somente no dia seguinte, então não insistiu muito após essa decisão.

Ao anoitecer, Owen e Tony aguardavam na entrada da academia por Ethan, de lá os rapazes seguiram para o festival, que aconteceria na praça central da cidade.

O evento era uma festa típica e ocorria anualmente. Reza a lenda que à quase mil anos atrás, um mal sucedeu sobre todo reino Transformice. Muitos foram os mortos, e vários lugares pereceram, mas a cidade dos rato-raposa tinha uma fé inigualável, muitos foram os pedidos para a “Deusa Shaman”, Elisah. Não se sabe muito mais sobre o ocorrido ou se é realmente verídico, uns dizem que Elisah baniu o mal de toda região, criando a Vanilla, outros dizem que a Deusa deu poderes para alguns senhores de muita fé que viviam ali, e eles viraram shamans alados, seria a transformação final do shaman, um modo que poucos conseguem chegar, até hoje ninguém nunca fez o fato realmente, mas a fé, o desespero e a ajuda da Deusa libertaram a maldade dos corações daqueles ratos e os fizeram “Divinos”.

Ao chegarem à festa, os garotos aproveitaram a dança e se divertiram bastante, além de desfrutarem dos alimentos que os moradores da cidade preparavam. A comida de destaque ali eram as tortas, esse fato não tem resposta, nem que seja fantasiosa, talvez, simplesmente porque torta é uma comida muito boa e eles sabiam reconhecer isso.

***
A festa desse ano não durou muito tempo, pois as nuvens que estavam nas colinas de manhã chegaram à cidade, como Etahn achou que aconteceria, choveu.
As pessoas terminaram de dançar, e todas se ajudaram para guardar os quitutes e tendas. Ethan e seus dois amigos, Owen e Tony esperaram a chuva diminuir e assim que ela parou, eles foram para suas casas.
Ethan morava na academia com o Mestre Cogui, antes de morrer, seu pai havia deixado ela para o Mestre, mas quando estivesse pronto, Ethan teria de assumir as responsabilidades e se tornar o novo mestre da academia de artes marciais.
Seus amigos moravam não muito distante dali, sempre conviveram juntos, todos os três, eram inseparáveis, treinaram a vida inteira juntos. Owen morava mais distante, mas ainda assim não era algo absurdo, bastava andar alguns metros. Tony morava quase que do lado da academia, o que separava sua casa da de Ethan eram outras três casas que ficavam a direita.

Ao chegar em casa, Ethan foi direto para cama, o Mestre Cogui ainda não havia chegado. Apesar de muito curioso Ethan sabia à hora certa para as coisas, tudo tem seu tempo, é uma das lições que aprendeu com o mestre.

Amanhã bem cedo, ele se levantaria e seguiria para a Colina Roth.

***

Ethan acorda assustado, ele ouve murmúrios estão vindo de algum lugar na casa, não muito longe. Levantando apressadamente, ele vai ver o que está acontecendo

- O garoto está realmente pronto?

Pronto? Para o que? Pensou Ethan

- Sim, ele treina duro dês dos 13 anos, é muito habilidoso e tem a mente aberta. Sinto que está pronto. – Era a voz do Mestre Cogui, ela soava abafada e cansada, mas ainda assim era o mestre.

- Tudo bem, então de manhã daremos a noticia a ele. Mais um mestre, isso será muito bom para a região, se for tão bom quanto diz ele será de grande utilidade para trinar os jovens da cidade.

Um novo mestre, serei dono da academia, então chegou o dia. Isso era o que meu pai queria, sempre foi, e amanhã poderei realizar o seu ultimo pedido que fez. – Pensou

Ethan deitou-se, mas apesar do cansaço não conseguiu dormir, ele esperava ansioso por esse dia a bastante tempo, apesar de jovem já era disciplinado e tinha sabedoria a e habilidades suficientes para se tornar um Mestre.

***

Ao acordar, Ethan se sentia pesado, ainda queria dormir, porém tinha de encontrar o Mestre na Colina Roth. Foi se aprontar e comer alguma coisa, assim que terminou, seguiu para a colina.

A manhã estava fria e o chão por onde passava estava úmido, em alguns pontos era possível ver poças de água, tudo por conta da chuva da noite anterior. Apesar de forte e parecer duradoura, a chuva já se fora e não a sinais de grandes nuvens por perto.

- Ei! Ethan! Aonde você está indo uma hora dessas? – Era Tony, que estava na janela do seu quarto, no segundo andar de sua casa, dali era possível visualizar a rua e alguns bons quarteirões a frente, já que a cidade não era grande e a maioria das casas possuía somente o andar térreo.

- O Mestre pediu para encontrá-lo na Colina Roth hoje pela manhã. – respondeu Ethan

- Serio? Estranho... Ele não chamou a mim e nem a Owen. Será que podemos ir? – perguntou

- Acho que não, ele aprecia bem serio, acho que é um assunto particular.

- Entendo. Quando voltar me diga sobre o que se tratava? Tudo bem?

- Ta – Respondeu Ethan apressadamente, ele estava com medo de chegar tarde demais e o Mestre Cogui se irritar, apesar de ser sempre um velho bem tranqüilo.

- Há! E mais uma coisa, posso usar a sala de treino enquanto vocês estão fora? Vou chamar o Owen para ir comigo também.

- Hum... Sim, tudo bem, mas não façam bagunça

- Você sabe que não faremos, tchau.- terminou Tony, e saiu da janela

Ethan continuou seu caminho até a Colina. Quando chegou perto de onde o Mestre Cogui estava, ele parou e começou a observar o velho que estava sentado debaixo da sombra de uma árvore. Ele esperava ansioso por esse momento a bastante tempo, mas algo dentro dele pedia para dar meia volta. Ethan começou a pensar no passado, em seu velho pai, na sua infância e um desejo antigo. As palavras do seu valho pai soavam na sua cabeça como se tentassem o destruir por dentro.

“Você é motivo de desonra para família, uma vergonha. Seu sonho é ridículo, é impossível, você deve pensar grande meu filho. Você um dia cuidara da nossa velha academia, e para isso vai ter que treinar duro.”

Motivo de desonra, uma vergonha, era isso que seu pai pensava do seu sonho, mas o que ele pensava? Ele nunca concordou com o pai, apesar de entender os motivos do pai para isso. Começou a olhar mais intensamente para o velho debaixo da árvore, ele estava ficando ansios, agitado, sua respiração estava ofegante.
Mestre Cogui então avistou Ethan e lhe chamou para se juntar a ele com um aceno, vindo do outro Aldo da colina e se aproximando do Mestre, um rato de meia-idade chegava, estava carregando alguns pergaminhos, Ethan concluiu que era um sábio.

Ele estava tão perto de realizar a vontade do pai, era a oportunidade que ele esperava a um bom tempo, se tornar Mestre, assim como Cogui. E agora que estava tão perto disso, ele percebeu que nunca quis ser um lutador. Aquele era o sonho do seu pai, não o seu.

- Desculpe pai, mas não posso fazer isso.

Ele se virou, lagrimas brotaram dos seus olhos, o dia estava começando a ficar quente. Ethan correu.





Bem galera, Ethan decidiu não se tornar um Mestre, ele descobriu que a vida dele não fazia sentido ali. Ele sempre alimentou um desejo do pai, mas nunca quis aquela vida de verdade.

Gostaram da Crônica? Gostaram do Ethan? O que acham que irá acontecer com ele? Seguira seu sonho ou desistira?

Não percam no próximo domingo, mais uma parte das Crônicas!!!








Unknown

Unknown

Tecnologia do Blogger.